quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Sobre a fuleiragem e outras formas de trair alguém.

E não é que as coisas mudam mesmo de lugar? Num dia você acorda e é surpreendido por aquilo que achava que era "pra sempre" e que a amizade que se solidificava em cima daquelas bases não se abalaria tão fácil. E acontece exatamente o contrário. A casa cai.
Muito me assusta a frieza e a falta de consideração das partes envolvidas na história, mas quando se confia cegamente em quem você mal conhece, você pode correr riscos demais. Eu aceitei corrê-los e quebrei a cara. One more time.
Enquanto todos sorriam e confraternizavam um futuro brilhante e perfeito para o grupo, eu era, sem nem imaginar, o pivô das brigas. O que mais me choca é a covardia e o sinismo, a capacidade de mentir na tua cara que aquilo não te faz mal. Mas você mente. Você abraça e finge que gosta. E isso me dói. Eu até esperava esse tipo de atitude de alguns dos, mas não da unanimidade. Não da 'geral'.
O melhor são os argumentos para tal atitude: "não suportávamos mais aquele tipo de situação", "ficou no limite", "não tínhamos coragem de falar".
Como você espera mudança se você não mostra o que é pra ser mudado? É personalidade, índole, jeito, não espere que as pessoas mudem do nada porque elas não mudarão. A não ser que isso a incomode, de resto, nada mudará.
Eu não quero ser a vítima dos arautos, nem tão pouco a pobre garota injustiçada da situação, mas a única coisa que eu cobro nessas horas é hombridade. Se você não tem, meu caro, nem me procure.


*Fuleiragem: ato de sacanear alguém sem o conhecimento mútuo.


Fui clara?

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Sobre o esquecimento e outras formas de amor.

Na sala o som está ligado, minha mãe ouve ABBA. Eu, particularmente, não curto, mas é coisa da "velha", eu respeito.
Ontem foi o aniversário dela... A gente se dava tão mal até um ano atrás e hoje a gente já tá bem mais em paz. Mas ela nunca vai esquecer que no ano passado eu esqueci do aniversário dela. Isso não se faz nunca. Mas eu fiz, foi sem querer, eu juro.
E esse ano eu também ía esquecendo. Mas lembrei a tempo de escrever-lhe um bilhete num papel azul com a caneta especial e desejar-lhes Feliz Aniversário. Não tive coragem de entregar na mão dela, e quando estava saindo de casa pus sobre a mesa. Eu sou muito betsa pra essas coisas. Eu sempre tive vergonha de parabenizá-los (os meus pais). Não sei o que é isso O_o

Para a minha surpresa quando cheguei em casa ela me abraçou e sorriu. Eu? Chorei.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Umas coisas acontecem outras mudam.
Eu prefiro quando elas chegam de mansinho.

Eu tenho medo do novo sim, nunca neguei. E quando vejo que tudo está de ponta-cabeça, me desespero.

Será que isso um dia vai mudar?

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

"Aos que não me assumem, que sumam de mim." - Não lembro que disse, mas é bem isso. Assim que funciona. Eu quero mesmo é mandar tudo às favas e viver a minha vida sem pudores, restrições ou aqueles olhares de desaprovação. Isso muito me incomoda. Na verdade, isso me deixa muito mais trste do que qualquer outra coisa.

*

Último Adeus - Paulinho Moska

A partir de agora
Você me abala
Mas não me anula
Eu já fui embora
E você ainda fala
Que quer que eu te engula
Está confirmado
Nada foi errado
Você é sozinha
Não levei teu ouro
Tão fundamental
Pra vida de rainha
Me deixa viver
É só o que eu te peço
Escute meu último adeus
É assim que eu me despeço
Mas chegou a hora

*

É bem isso.