terça-feira, 26 de abril de 2011

"não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça"

será pra sempre.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

falar de dor agora parece lugar comum. falar que não consegue crer que isso possa ter acontecido também. talvez eu só venha me dar conta de tudo daqui a um tempo, talvez não. talvez demore muito tempo, vai saber... e eu ainda não sei o que sentir, nem saudade, nem revolta. triste, né? triste quando falta o dizer pra gente que tudo diz, pra gente que é tão verbal. ela me responderia sorrindo, tenho certeza. agora ela só me responderá com coisas que já passaram, com lembranças e sonhos que terei. o choro preso, o peito miudinho, apertado, os ombros pesam tanto... mas eu carrego. carrego comigo as boas lembranças, o sorriso, aquela conversa no banquinho da frente do cac, aquele abraço da semana passada - apressado devido ao atraso pra aula - aquele cigarro compartilhado debaixo da mangueira e todas as risadas que nós dividimos. por isso quero me lembrar sempre das coisas boas, das coisas que fazemos questão de guardar, das coisas que vou levar comigo pra sempre, enquanto esse sempre houver. não quero me despedir porque sempre que eu pensar em você vai ser como se eu ainda fosse te encontrar mais na frente. e isso um dia vai acabar acontecendo.

com amor e sorriso,

sábado, 9 de abril de 2011

eu poderia perder horas aqui, mas não ía adiantar de nada. 3 coisas: machado de assis, schopenhauer e marcelo camelo.

nada mais me lembro.

domingo, 3 de abril de 2011

ninguém nem sequer ouvia o barulho do vento. tá calor aqui, né? perguntavam as crianças, desacostumadas àquela sensação. a impressão que se tinha era que estávamos numa sauna e de nada valeria o esforço para amenizar o calor. o mormaço. sabe aquela sensação pré-chuva em que o tempo para como se fosse pegar impulso pra chover? mas nunca chovia. era tudo diferente do que já fora um dia. e não faz tempo, a brisa era fresca e o vento soprava balançando as roupas no varal, movendo as folhas no chão, fazendo ondinhas nas poças d'água. no calor o tempo para. não anda. se arrasta como as mulas velhas que já não suportam mais carregar o peso dos fardos. no calor não dá vontade de sair. no calor a gente só pensa no açude, no mar, na chuva, nas coisas molhadas e fresquinhas. no calor a gente só pensa em se afogar. em vão.