segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Pietá ~



Sabe, eu gosto. Gosto mesmo. Gosto de um jeito puro, sem maldades, sem possessão, sem querer a todo tempo. Eu simplesmente gosto. E me sacio quando o tenho. E me basto quando faltas. Mas fazes falta, não nego. E quero sempre mais um pouco mais daquilo que me é oferecido. E até que consigo e agradeço.
Eu gosto das observaçõs singelas, pertinentes e particulares. Eu gosto da mão que toca a minha, mesmo que por engano. Eu gosto muito mais do olho, da boca e de todo o resto. Porque eu gosto, eu gosto.
Eu gosto quando o abraço se perde, se funde, se afunda. Eu gosto quando o corpo não agüenta mais e responde com um aperto ainda maior. E quando a boca diz coisas indizíveis, quando as palavras rolam sem pensar. Quando a gente se abraça, se beija, se olha. Bom mesmo é quando a gente se entende. E se ajuda. E se cuida.
Eu gosto de cuidar e de cuidados e agradeço por fazeres o mesmo por mim. E fico feliz quando se importas e quando estás feliz. Porque melhor do que te fazer feliz é te ver sê-lo.
Eu gostaria de poder eternizar as coisas boas que passamos e que passaremos. "Eu queria saber pintar" para fazê-lo eterno.
Eu adoro o verbo gostar. E gosto disso. E gosto de gostar de pessoas que me fazem bem assim como ele. E cada vez sinto-as mais perto de mim. E gosto disso. E não venha me dizer que eu estou sendo redundante e chata, eu não vou parar de gostar.
É bem maior e muito mais do que eu posso e consigo escrever ou demonstrar.
É amor, sabe? E eu gosto disso.


Toi Pietá, mon amour.
(L)

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