terça-feira, 27 de dezembro de 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

de todos os defeitos que eu tenho, e olha que não são poucos, acho que o fato de não conseguir organizar o que eu penso de forma saudável e razoável é o que mais me irrita. eu penso em tanta coisa que me sinto burra porque meu pensamento é mais rápido do que minhas capacidades de organizá-los. é um inferno isso.

domingo, 20 de novembro de 2011

dos exercícios diários dessa vida: admitir que tudo é processo. tudo está sendo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

dos momentos de felicidade,

eu poderia descrever aquele momento como uma das coisas mais incríveis da minha existência, mas como só tenho 25 anos temo mentir sobre isso. pois bem, até hoje (isso pode ser dito sem culpas) nunca vivi nada parecido. eu poderia ficar presa naquela uma hora e meia durante muito tempo, mas ela durou o que tinha pra durar e pronto, tá tudo aqui dentro. não tenho fotos que prestem e nem quis, não quis isso. guardei tudo o que senti e vi e pra sempre vou poder contar isso do meu jeito, pra quem quer que seja, durante toda minha vida.


domingo, 2 de outubro de 2011

no fim das contas a gente gosta quando as pessoas ficam falando de nós. quando exaltam qualidades, apontam defeitos, dizem com todas as letras os nossos jeitos e tiques, quando falam por horas sobre o que somos ou não somos capazes de fazer. a gente gosta porque a gente nunca tem certeza do que é, a gente gosta porque descobrir (mesmo que através de outros) o que nós somos é ótimo. é como se isso nos reafirmasse aquilo que já sabemos mas temos medo de estarmos enganados. sobretudo porque a mudança é diária e inevitável. todos os dias somamos e diminuímos coisas em nós que não nos damos conta e que quando alguém nos percebe com tais coisas a gente tem a certeza delas.

saber, saber mesmo eu já sabia. mas eu tava precisando que alguém me contasse tudo aquilo outra vez. mesmo que soasse como eco.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

todo dia eu aceito um não diferente.
um não sou capaz, não quero mais fazer isso, não gosto mais desse tipo de coisa, não me importo com tal coisa, não volto mais pra cá, não sei o que eu quero fazer, não entendo as coisas como deveria, não sou tão responsável, não deixo de amar certas coisas e pessoas, não jogo algumas lembranças fora, não tenho tudo aquilo que desejo (ainda), não sei se estou fazendo as coisas certas, não tomo vergonha na cara para algumas coisas, não quero voltar atrás, não tenho muitas certezas, não falo do que quero do jeito que gostaria,
não. não. não.

foda não é aceitar todos esses nãos, foda mesmo é dizer sim pra todos os contrários.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

lembrete

é quando menos se espera, é exatamente quando não há mais tanta atenção desperdiçada no ato de esquecer que se esquece. e principalmente, quando alguém te diz que você mesma já esqueceu. é preciso que os outros nos lembrem, as vezes, daquilo que nós mesmos esquecemos de esquecer.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

"eu quero mais"

é dessa vontade louca de querer andar em todo o globo, falar várias línguas, sentir vários cheiros, olhar várias pessoas, que eu me movo adiante todo dia um passo novo. e depois disso, passo dias desejando mais porque é exatamente isso que eu quero: caber no mundo com toda essa vontade.
o modo como eu quero abraçar o mundo diz bastante coisa, inclusive que parar um tanto é bem necessário. e eu paro, aqui, bem na tua frente. porque abraçar o mundo também inclui abraçar você bem de pertinho, sentindo calor e cheiro. abraçar com força e sentir falta de ar. abraçar até me perder no abraço e procurar, em vão, resposta pra tamanho gostar.
peço sempre duas coisas: não entender os quereres da vida e ter abraços cada vez maiores pra caber tudo isso.


domingo, 10 de julho de 2011

se tudo é um ciclo, por que temos tanto medo do que há de vir? em tese, já não saberíamos?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"meu buxinho é seu, meu amor também"

eu tenho mais medo de mim quando começo a sonhar acordada. e não que isso seja novidade, mas é que parece que não vai ter fim. e então o que resta é tentar fazer disso realidade, ainda que pareça tão distante e tão contingente.
eu queria mesmo era estar contida, como em matemática. quando dois conjuntos se unem por algum motivo, compartilhando o que eles têem de comum. e eu estou aqui, esperando pra compartilhar tanta alegria e sorriso contigo. tanto querer e tanto querer mais.

segura na minha mão, a gente só precisa andar pra frente.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

tem um monte de aperto aqui
mas se você me sorrir, tudo há de alargar
então vem, alarga
e alaga meu coração.

domingo, 29 de maio de 2011

do livro de memórias 'para os meus netinhos':

"pareço idiota. na verdade, estou idiota. mas, se o poeta disse que "todas as cartas de amor, se há amor, tem de ser ridículas", quem sou eu pra agir diferente? eu posso estar bastante enganada. as vezes eu até gostaria de estar completamente, desde sempre, enganada. mas hoje, hoje eu estou certa. tenho certeza disso. e foi você que me deu isso.
ainda que um dia eu descubra que tudo isso era um delírio enorme da minha imaginação, a sensação que eu tive hoje, o tremelique, aquela gastura toda, me fizeram mais feliz. ou seja, valeu a pena. então, que você venha me dizer que estou certa (ou errada, tanto faz). que você venha me dizer alguma coisa. eu tô aqui esperando que nem uma menina idiota apaixonada de apenas 13 anos."

terça-feira, 24 de maio de 2011

começo a assumir certas saudades.
inclusive aquelas mais perigosas.
mas serão sempre, saudades e perigosas.
nada mais.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

geração coca-cola ou você vai até onde?

eu tinha acabado de chegar na parada de ônibus quando ouvi um senhor pregando sua religião pra quem quisesse escutar, como se fosse possível não ouvir. prontamente tirei meu celular da bolsa, pus os fones e aumentei o volume até penúltimo pra ouvir strokes. era a coisa mais barulhenta que eu tinha, paciência. embora meu esforço fosse meio em vão, eu sempre gosto de ouvir o que os evangélicos e/ou fanáticos pregam porque diz muito sobre falta de respeito, intolerância e preconceito. eu gosto mais ainda de ouvir pra decorar os absurdos que eles dizem pra nunca, jamais, em tempo algum reproduzí-los (embora eu tenha plena certeza de que nunca o faria). pois bem, o senhor pastor/pregador estava lá no começo da fila do meu ônibus falando sobre o castigo de deus àqueles que foram desobedientes com as leis divinas. falou alguma coisa sobre merecer estar baleado na restauração (sobre as pessoas que brigaram depois do jogo de ontem) e continuou seu rosário de pragas. falava também que tinha nojo dos homosexuais e que era um absurdo o homem deixar que as relações homoafetivas fossem banalizadas. nessa parte eu fiz um esforço enorme pra me controlar e não ir lá falar com ele. comecei a cantar strokes só pra mim, em alto e bom som. meu ônibus demorava pra chegar, mas ainda bem que o pastor se foi. foi pregar em outro ponto mais na frente. meu ônibus chegou e já estava cheio, como de costume. fui em pé no meu lugar preferido: perto da porta, lá atrás. e como se não fosse suficiente a pregação do pastor na parada, havia duas meninas de 15~16 anos cantando 'faroeste caboclo' na última fila, bem do meu lado. uma delas achava mesmo que era cantora, fazia sotaque de carioca/paulista/candango, jurando se aproximar da voz de algumas cantoras famosas do nosso país. depois disso, cantou 'geração coca-cola', "todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou", mais umas duas de legião até mudar de disco. agora elas cantavam roupa nova e guilherme arantes (desse aqui eu até gosto de algumas coisas) num delírio frenético que me fez questionar a idade delas. tive que olhar pra elas pra ver que estavam com a farda do ensino médio da rede pública. trocavam partes da letra, paravam na metade e retomavam como se não tivessem errado. eu tive que colocar o volume no último pra conseguir me concentrar em strokes. em vão. percebi que algumas pessoas quando se aproximavam da porta olhavam pra elas, a maioria condenando a cantoria. é claro que elas não se importavam com os olhares. até a hora em que eu desci elas não tinham calado a boca um só minuto.

ainda hoje eu conversava com dandara sobre pessoas que faltam com respeito nos ônibus, seja ouvindo seus celulares sem um fone, seja invadindo o espaço do outro (pregando, gritando, cantando, etc). eu sempre me pergunto onde termina meu direito e começa o do outro, mas nunca consegui entender esse limite porque sempre me sinto invadida pelas pessoas. nunca tive coragem pra falar com as pessoas que me "invadem", sempre acho que elas estão no direito. inclusive sempre penso que seria muita falta de respeito da minha parte ir lá e dizer que essa tal atitude está me causando incomodo. tenho medo de apanhar, de não ser gentil, de não me controlar e aí sim perder meu direito e de muitas outras coisas, né?! além do mais o que é o meu limite com certeza não é o limite do outro, embora existam parâmetros sociais para as coisas.

o fato d'eu me questionar sobre isso tem um tempo e tem uns porques. comecei a reparar nos ônibus a quantidade de gente que sobe pra pedir, vender, pregar, cantar, etc. confesso que de todos esses só acho mais aceitável os que sobem pra vender alguma coisa (de sachê de pó-de-serra pra perfumar até canetas pro rehab dos drogados), os demais sempre acho que eles estão invadindo o espaço alheio. eu sempre penso que: não sou obrigada a ouvir pregação evangélica, não sou obrigada a contribuir com o leite das crianças ou com os mudos, não sou obrigada a ouvir os sucessos de ninguém, também não sou obrigada a comprar nada que venham me vender (embora esses, ao menos, estão "trabalhando"). se eu subi no ônibus, só desejo chegar no meu destino sem maiores acontecimentos/aborrecimentos. entendo que esse tipo de prática é cultural e recorre devido ao desequilíbrio social e blá blá blá, e posso estar sendo radical e intolerante (tanto quanto o pastor da parada), mas gostaria de entender essa dinâmica dos limites. gostaria de conversar com essas pessoas pra saber o que elas acham de se colocar no lugar do outro e se sentir invadido de alguma forma. eu realmente queria saber o que se passa na cabeça de alguém que causa incomodo e não se dá conta disso.

terça-feira, 10 de maio de 2011

das significâncias

querer
que.rer
(lat quaerere) vtd 1 Sentir vontade de; ter a intenção de:Magoei-a sem o querer. vtd 2 Almejar, ambicionar, anelar por, desejar: "Todos queremos liberdade, justiça e proteção social" (Theodoro Henrique Maurer Jr.). vint 3 Exprimir o ato psicológico e formal da vontade; mostrar decisão: Querer é poder. vtd 4 Diligenciar, intentar, trabalhar por: Queriam implantar a desordem. vtd 5 Determinar, exigir, mandar, ordenar: Quero todos a postos imediatamente. vtd 6 Condescender em; dispor-se ou prestar-se a: Não o quis aprovar, sem rigoroso exame. vtd 7 Pedir ou pretender como preço: Quanto quer pelo carro? vtd 8 Pretender: Que quer o senhor? vtd e vti 9 Gostar de alguém ou de alguma coisa; ter afeição a; amar: Quero muito nossa pátria. Queria-lhe muito, mas apenas como a uma irmã. (Não é recomendável a regência transitiva direta, apesar de empregada por alguns escritores. Ensina Otoniel Mota: o verbo querer, com o sentido de amar alguém, ter-lhe amizade, rege o pronome lhe; com o sentido de desejar, rege o pronome o.) vtd 10 Fazer o favor de, ter a bondade de; dignar-se: Queiram levantar-se. vpr 11 Ter vontade de estar ou de viver em determinado lugar, em certa companhia ou de certo modo: Só me quero junto aos meus livros. vtd 12 Admitir, consentir, permitir, tolerar (com predicativo do objeto direto, formando o predicado verbo-nominal): Não o quiseram para genro. vtd 13 Necessitar de; requerer: Algumas plantas querem sombra. vtd 14 Merecer (castigo): O maroto estava querendo uma boa sova. vtd 15 Admitir como hipótese; julgar, firmar, inculcar, ser de parecer (exigindo uma oração substantiva objetiva direta, com a integrante que): Esta construção quer o professor que seja incorreta. vtd 16 Dar ameaças ou esperanças de; dar indício ou mostra de; prometer: A criança quer chorar. vtd 17 Ensaiar, tentar: Após a bênção, o doente quis levantar-se. vtd 18 Exprime dificuldade ou possibilidade em certas frases interrogativas: Que quer o senhor que eu faça? vtd 19 Exprime ameaça ou desafio: Quero que me diga isso outra vez! Querer bem a: ter amizade a, gostar de. Querer bem à vida: cuidar da saúde, evitar os perigos. Querer crer:acreditar, admitir, convir em. Querer dizer: a) ter a intenção de dizer (Não se entende o que ele quer dizer); b) equivaler a; significar (Ali autoridade quer dizer irresponsabilidade); c) isto é (As artes liberais, quero dizer, a advocacia, a engenharia, a medicina, o magistério etc., constituem as profissões de classe média). Querer mal a: desejar mal, não gostar de, ter aversão a. Querer uma no saco e outra no papo: desejar duas coisas ao mesmo tempo. sm 1 Ação de querer; desejo, vontade. 2 Intenção. 3 Afeto, amor. Bem-querer: pessoa amada.

além disso tudo, continuar querendo. mas essa coisa de querer ainda vai nos levar a ter. e ter que é muito maior que querer?!

ter
ter
(lat tenere) vtd 1 Estar na posse ou gozo de; desfrutar, gozar, possuir, usufruir: Ela tem lindos vestidos. Não tinham os operários o direito de greve. vtd 2 Alcançar, haver à mão, obter: Teve em dote várias casas. vtd 3 Achar ou ver ao seu alcance, poder dispor de, poder gozar de: Tem amigos que sempre o socorrem. vtd 4 Agarrar, agüentar, conservar preso e seguro, não largar; segurar, suster: A polícia tem nas mãos o criminoso. vpr 5 Agarrar-se, agüentar-se, equilibrar-se, segurar-se para não cair: "Tem-te, meu filho, não olhes na funda, lisa corrente" (Gonçalves Dias). vtd 6 Dominar, possuir, ser senhor de: Ter um reino. vtd 7 Apresentar, possuir: Esta bebida tem bom sabor. "Toda arte tem seus segredos técnicos" (Arnaldo Magalhães de Giacomo). "...o indo-europeu primitivo não tinha voz passiva" (Theodoro Henrique Maurer Jr.). vtd 8 Estar interessado ou relacionado com; haver analogia ou semelhança; haver em comum; interessar-se por:Nada tem isto com aquilo. Que tem você com essa história?vti 9 Estar determinado ou resolvido; ser obrigado; ter necessidade ou precisão: Temos de partir já. (É incorreção, que nem todos os bons escritores evitam, dizer ter a e ter quepor ter de. Em vez de tenho "a" pedir-lhe, tenho "que" pedir-lhe, deve-se dizer tenho "de" pedir-lhe.) vti 10 Atribuir o valor de, considerar equivalente a: Sermão que tivemos por uma terapia psíquica. vtd 11 Contar de idade ou de existência, ter durado; durar, existir: Já tinha 30 anos quando casou. vtd 12Importar, montar, valer: Não se amofine com o revés; isso não tem nada. vtd 13 Estar encarregado de; ocupar-se em:Eu tinha uma classe para lecionar. Os deputados tiveram hoje sessão. vtd 14 Fazer parar; deter: Não puderam ter o desordeiro, que fugiu desabaladamente. vtd 15 Atalhar, conter, refrear, reprimir, suster: Conseguem os iogues ter prolongadamente a respiração. vpr 16 Conter-se, refrear-se, reprimir-se: Não se teve de alegria. Ele teve-se em brio. vpr17 Ater-se, confiar: Tinha-se à orientação do mestre. vtd 18 Dar origem a: Água límpida e saudável tivera este manancial noutro tempo. vtd 19 Ser genitor de: Quantos filhos tem o senhor? vtd 20 Gerar, procriar (falando do homem e do animal): Maria teve três filhos. Esta porca teve sete leitões.vtd 21 Produzir (falando da planta): Esta árvore tem muitos frutos. vtd 22 Ser dotado de: Ter capacidade, ter juízo, ter singeleza. vtd 23 Fruir, gozar: Temos o prazer de convidá-lo para almoçar conosco. "...certa fazenda, que tivera fama pelo esplendor da sua capela" (Coelho Neto). vtd 24 Dar provas de; revelar: Ter caridade, ter confiança. vtd 25 Haver-se ou proceder com: Ter cuidado, ter prudência. vtd 26 Trazer vestido ou calçado; trajar: Tens hoje um lindo vestido. vtd 27 Trazer consigo ou em si: Tinha o filho ao seio. Tem sempre dinheiro no bolso. vtd 28 Conservar, manter: Graças ao castigo, tinha-os obedientes. Tem algo em segredo. vtd 29 Hospedar, manter, sustentar: É um prazer tê-lo em minha casa. vpr 30 Deter-se, manter-se, parar: Tinha-se em casa por doença. vtd e vti 31 Ser o receptáculo ou repositório de; abranger, compreender, conter: Este país tem (ou tem em si)quanto pode a ambição apetecer ou a fantasia sonhar. vtd 32 Ser de certas dimensões: A sala tem vinte metros quadrados.vtd 33 Constar de, ser constituído ou formado de: Este dicionário tem cinco volumes. vtd 34 Ser concorrido, freqüentado ou visitado por: O orador teve muitos ouvintes. O cinema teve uma enchente. vtd 35 Administrar, dirigir: Tem uma secretaria a seu cargo. vtd 36 Ensinar: Este professor tem muitos alunos. vtd 37 Estar confiado ou entregue a; ser administrado, auxiliado, dirigido, dominado, possuído, protegido por: Temos um governo democrático. Esta casa tem dono. A empresa tem bons advogados. vtd 38 Adotar, seguir: Que direção tem a estrada? Não tenho o seu modo de pensar. vpr 39 Opor-se, resistir: Ter-se com (ou contra) o adversário.vtd 40 Experimentar, receber, sentir, sofrer (impressão, sensação, sentimento): Ter coragem, ter desgosto, ter medo. vtd 41 Sofrer de: Ter febre, ter uma doença. vtd 42 Receber: Ter uma remuneração, ter um castigo. "...dois corpos... nessa noite a mesma cova os teve" (Casimiro de Abreu). vtd 43 Dizer, fazer ou praticar por hábito: Tem ele algo indesejável em seu procedimento. vti 44 Apreciar, estimar: Ter em muito, ter em nada, ter em pouco, ter em tanto. Teve em pouco todos os óbices. vtd e vpr 45 Considerar(-se), julgar(-se), reputar(-se): Tinha-o por amigo."Parece que mostra quanto por vil e baixo se tem" (Gonçalves Dias). vtd 46 Admitir, concordar; dar por assentado e certo; julgar, supor: Tenho que as coisas vão muito mal. vtd 47 Assistir a, presenciar: Cedo teremos na Terra grandes alterações. vti 48 Dirigir-se, encaminhar-se (em combinação com o verbo ir): Ir ter a algum lugar. Ir ter com alguém. vtd 49 Emitir: Ter uma palavra de estímulo. 50 Forma com o particípio os tempos compostos: A corrupção tinha chegado ao âmago da sociedade.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

eu gosto quando as minhas lembranças da infância me voltam como um filme. e, diferente dos filmes, eu sinto os cheiros, o gosto, a cor, a sensação. e dá uma alegriazinha de criança, sabe?! aquelas do friozinho na barriga e dos olhinhos de surpresa. como as páscoas em que o melhor dos ovos era o que minha tia fazia pra todos os sobrinhos, vizinhos e alunos dela; como os domingos na casa de vovó em que dava pra tomar banho de mangueira no jardim e comprar figurinhas pro álbum lá em dona joaninha; ou como brincar no jardim do prédio da minha madrinha, mesmo que fosse proibido entrar lá; ou ainda, viajar pra enseada dos corais no fusquinha amarelo-calcinha do meu pai; ou morrer de ansiedade esperando o carnaval chegar pra brincar de fantasia e de molha-molha; ou de andar (e cair) de bicicleta pelas ruas com os meus primos; ou ficar nervosa pra ganhar o presente de papai noel (que era a minha tia fantasiada, a mesma que fazia os ovos de páscoa); ou brincar de queimado embaixo do prédio todo dia e não enjoar; ou reclamar pra ir pra escola e na hora de voltar, querer brincar mais um pouquinho; ou sempre querer mais uma barbie; ou...

tanta coisa.

terça-feira, 26 de abril de 2011

"não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça"

será pra sempre.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

falar de dor agora parece lugar comum. falar que não consegue crer que isso possa ter acontecido também. talvez eu só venha me dar conta de tudo daqui a um tempo, talvez não. talvez demore muito tempo, vai saber... e eu ainda não sei o que sentir, nem saudade, nem revolta. triste, né? triste quando falta o dizer pra gente que tudo diz, pra gente que é tão verbal. ela me responderia sorrindo, tenho certeza. agora ela só me responderá com coisas que já passaram, com lembranças e sonhos que terei. o choro preso, o peito miudinho, apertado, os ombros pesam tanto... mas eu carrego. carrego comigo as boas lembranças, o sorriso, aquela conversa no banquinho da frente do cac, aquele abraço da semana passada - apressado devido ao atraso pra aula - aquele cigarro compartilhado debaixo da mangueira e todas as risadas que nós dividimos. por isso quero me lembrar sempre das coisas boas, das coisas que fazemos questão de guardar, das coisas que vou levar comigo pra sempre, enquanto esse sempre houver. não quero me despedir porque sempre que eu pensar em você vai ser como se eu ainda fosse te encontrar mais na frente. e isso um dia vai acabar acontecendo.

com amor e sorriso,

sábado, 9 de abril de 2011

eu poderia perder horas aqui, mas não ía adiantar de nada. 3 coisas: machado de assis, schopenhauer e marcelo camelo.

nada mais me lembro.

domingo, 3 de abril de 2011

ninguém nem sequer ouvia o barulho do vento. tá calor aqui, né? perguntavam as crianças, desacostumadas àquela sensação. a impressão que se tinha era que estávamos numa sauna e de nada valeria o esforço para amenizar o calor. o mormaço. sabe aquela sensação pré-chuva em que o tempo para como se fosse pegar impulso pra chover? mas nunca chovia. era tudo diferente do que já fora um dia. e não faz tempo, a brisa era fresca e o vento soprava balançando as roupas no varal, movendo as folhas no chão, fazendo ondinhas nas poças d'água. no calor o tempo para. não anda. se arrasta como as mulas velhas que já não suportam mais carregar o peso dos fardos. no calor não dá vontade de sair. no calor a gente só pensa no açude, no mar, na chuva, nas coisas molhadas e fresquinhas. no calor a gente só pensa em se afogar. em vão.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

é só que as vezes eu não sei dizer como gostaria e minhas mímicas nunca foram tão boas. dá nisso, você acha que eu queria sorvete, quando na verdade queria só ver-te.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

e se só tivesse agora pra decidir tudo eu passaria a vez. não tenho respostas agora.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

egoísmo é se procurar todos os dias e só achar a si mesmo. pior que isso, é não procurar por ninguém por achar que é melhor sozinho.
melhor sozinho?
o nome disso é pobreza. não é outra coisa.

domingo, 23 de janeiro de 2011

não, nem adianta escrever. isso é o tipo de coisa que não se escreve. só quem vive sabe. tá doendo, ainda.
vai passar?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

se fossem contar quantas bolinhas de papel já foram gastas, acho que daria uma resma. e mesmo assim, nada dizia o que queria mesmo dizer. tava tudo tão gasto, tão dito. preferiu a página em branco e escreveu imagináriamente tudo o que queria. deu certo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

eu preciso parar com essa mania de apagar as coisas. parece que a ideia é fazer com que aquilo suma de uma vez, embora a consciência esteja sempre presente. foda dessas coisas é que você se sente meio idiota. enquanto apaga desenha a máscara da falsidade, para que todos achem que você está "melhor impossível". é bem idiota. talvez a ideia de apagar seja a vontade de reescrever, para que nesse momento seja bem possível ser mais feliz e infinito. é tão pequeno, infantil. é tão em vão.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011