quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Quando os olhos marejaram de felicidade
Quando as mãos percorreram todo o rosto
Quando eles já não eram mais 'um e outro'
Quando tudo que havia era de verdade

Foi então que a boca percorreu a nuca
E a fala saiu da boca
"Quer namorar comigo?"

Eu disse sim, é claro.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Peito aberto, alma lavada

A verdade, somente a verdade era tudo o que eu pedia. E ele sempre me atendeu da maneira mais doce e carinhosa possível. Espero que ele me entenda e com a mesma doçura me abrace após contar-lhes todos os meus segredos e todas as minhas verdades. Eu só preciso disso para, mais uma vez, sentir que ele me ama, porque o meu amor por ele está nessa prova maior de entrega e sinceridade.


"Eu sei de um lugar onde os dedos se encaixam no intervalo entre as costelas, e os cílios descansam ao balanço do vento da respiração.É lá onde as maçãs do rosto se aquecem numa meiga violência e os cabelos também se misturam a fim de imitar o suor e a saliva.É lá onde os lábios assim como as emoções perdem o pudor e ocorpo ganha fala. É lá onde o coração não cala e o mundo emudece. É lá, eu sei.Num beijo, eu sei..."
Dayane Cairo

Vi isso agora mesmo no facebook de Laila Santana.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

I'm Wishing

I'm wishing

for the one I love

to find me today

I'm hoping

and I'm dreaming of

the nice things

he'll say...


Moreno Veloso sabe me deixar feliz. Ele também. 

domingo, 22 de novembro de 2009

Alive

"I got so much love
for you darlin' and i,
i wanna let you know how i feel

and its true that i love you
and it's true your the only one and i do,
i adore you
and its true boy

you make me feel alive ive ive ive" 


Black Eyed Peas disse tudo o que eu queria dizer. Ou melhor, ninguém vai conseguir dizer o que tem aqui dentro. Mas é bom, muito bom.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

I wanna be ou I will never be.

Outro dia quis ser teoria e inventei milhões de teses para mim
Não virei prática.
Outra vez quis ser acorde e me pus toda em lá maior
Não virei música.
Teve até um dia que eu quis ser toda
Mas não fui nem metade.

sábado, 26 de setembro de 2009

Vamos Fugir?


Fugere urbem é uma expressão em latim que significa "fugir da cidade". Foi adotado como lema pela literatura árcade para simbolizar o poeta literário que se desloca da vida agitada e corrida da cidade e vai para a calma zona rural.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fugere_urbem

Alguém me vende uma passagem?
Foto: Milena de Andrade

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Estender-se

Pus no varal as letras
Combinando as vogais com consoantes
Depois estendi as idéias afim de emparelha-las juntas
Formei frases

Escrevi poemas inacabáveis
Crônicas, haicais, notícias de jornal
Pus fotos ilustrando cada reportagem
Ficou bonito de se ver

Veio a chuva e derrubou tudo
O vento levou cada letrinha
E no varal só restaram os prendedores e as linhas
No chão se via cada letra, cada sílaba

E não é que cresceu um pé de perguntas?!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

De que adianta?

Menina, era um embrulho na barriga, uma voz presa, uma lágrima que não caía... Era uma coisa que só vendo. Mesmo depois de ter tomado um remédio pra dor de cabeça e ter sentado pra me acalmar, quem disse que eu melhorei? Olha, se eu soubesse que essas coisas davam nisso nunca que eu teria me permitido uma coisa dessas, visse? Ai meu cajadinho, e agora, menina? Me diz!

E não é que ela não disse nada?!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

16/09/2008

Tinha se desiludido. Não via mais solução, até porque não há solução para o fim. Infelizmente era sentar e lamentar que as forças já haviam se esgotado. Visto de dentro o problema parece irremediável, embora haja solução. Ele, em sua crise, no ápice da loucura, cometera tal barbárie meio que inconscientemente. Se arrependeu, mas arrependimento não faz voltar decisões. Não há replay.

domingo, 21 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Divagando; devagar.

Não. Eu realmente não entendo como as pessoas não conseguem negar nada. No final das contas a negação é de si mesmo, seja quando alguém pergunta se você quer sorvete de chocolate e você simplesmente diz: tanto faz; ou seja quando alguém te pede um favor e você simplesmente responde que sim, embora você não poderá fazer.
Numa realção, por exemplo: quando um se anula, negando-se de forma recorrente e idiota, o outro vê a possibilidade de soberania. Em relacionamentos, as disputas, quando sadias, são uma coisa propulsora, incentivadora e no final das contas, uma coisa muito boa. Você faz com o que o outro sempre busque o melhor, sempre queira vencer e não só pra provar a você que pode, mas pra se satisfazer. Quando uma mulher descobre que tem poderes sobre o homem, isso se dá por volta do início da adolescência, quando se descobre o corpo, ela simplesmente enxerga a possibilidade de dominar a relação. Isso pode ser bom quando usado de forma "racional", mas quando pende pro lado da chantagem emocional já fica escroto. Eu pude perceber isso em vários relacionamentos de amigos próximos e sempre achei uma sacanagem sem tamanho esse tipo de coisa. Na verdade, não quero colocar a mulher como vilã da história, porque qualquer pessoa que tenha o poder de persuadir o outro é capaz disso. Seja homem ou mulher (Inclusive eu já passei por isso sendo a chantageada da história), mas o fato é que quando percebo uma pessoa próxima se anulando e se colocando em segundo plano por causa de outra, eu simplesmente me revolto. Eu sei que isso vai além das regras de convivência e ética, mas a minha vontade é chamar a pessoa no canto e dizer: te liga! Embora isso nunca dá certo, porque quando se está dentro da situação tornar-se terceira pessoa é muito mais complicado do que parece. E de fato é, lembro-me que quando passei por esse tipo de situação eu simplesmente me anulei e não ouvi aqueles que estavam mais próximos e que podiam perceber o tamanho da merda que eu estava fazendo estando com aquele cara.
Enfim, o que me incomoda é anulação, a mudança vã que esse tipo de relacionamento causa. Além das pessoas simplesmente não lembrarem dos amigos.



domingo, 14 de junho de 2009

Constante: km/h

Parecia mesmo que o tempo andava para trás. Os números passavam devagar, devagarinho. Cada um com seu segredo da leveza, da clareza, da beleza. Era lento e forte como uma gota de chuva. O tempo andava de ré. Para trás. Voltava como que para conferir se as coisas tinham mesmo dado certo. O problema é que as coisas sempre erravam e contrariavam o tempo e por isso, ele sempre voltava. O tempo que insistia em ir para trás. Iludido.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Procura-se:

Era o cheiro, sem dúvidas. Aquele mesmo cheiro que sentira outro dia quando se apaixonou acabara de se repetir dentro daquele ônibus lotado. Ali, naquele lugar estranho e improvável o cheiro do amor se fazia presente outra vez. Ela nem sequer percebera de quem ele vinha, quem era a pessoa, homem ou mulher, que tinha o cheiro do amor, ela simplesmente fechou os olhos e sonhou. Sonhou com aquele dia em que esbarrou com o amor no supermercado, outro lugar estranho para encontrar o amor, entre os biscoitos e as massas e soube naquele exato momento que estava completamente apaixonada. Mas por quem? Ai, por que esse amor nunca se personificava? Por que esse cheiro era tão encantador e apaixonante?
Estava ali, dentro daquele ônibus lotado, em pé, esperando a hora de descer e chegar em casa quando não pôde evitar o amor. Aquele a quem todos os homens temem, aquele que ninguém consegue frear, aquele que faz as borboletas se agitarem no estômago, todas de uma só vez. Esperou até a hora de descer e como se quisesse eternizar aquele encontro com o amor, deu uma última respirada bem forte e foi andando pra casa. No caminho pensou que já havia encontrado o amor duas vezes em toda a sua vida e nas duas o tinha deixado fugir. Parecia que essa coisa de amor era mesmo complicada. Quando se encontrava, não se conseguia ter. Quando se tinha, julgava que estava enganada. Nessas horas ninguém aparece para dar um conselho amigo ou dizer que o amor é mesmo uma puta que não vale nada e é melhor deixar pra lá. Nessas horas o amor parece o objeto mais cobiçado que apenas uma pessoa pode ter, nesse caso era ela mesma, mas isso não parecia o bastante.
Foi pra casa cheia de amor nos pulmões, andou sem respirar até quase perder o fôlego e quando não pôde mais segurar o amor dentro do peito, deixou que lhe esvaisse o ser. Sentiu-se impotente, sentiu-se vazia. Andou até em casa com uma lágrima no rosto e um peso nos ombros. Achou que encontraria o amor outra vez em algum lugar estranho, na fila do banco, na recepção do dentista ou no trânsito, no carro do lado, mas o amor tinha fugido dela. O amor nunca mais deu as caras, simplesmente foi atrás de outra. Sabe lá se volta algum dia. Sabe lá...

sábado, 23 de maio de 2009

Quem me responde?

Questões pertinentes aos outros, só aos outros:

- Por que existem pessoas que não sabem viver sozinhas?
- Por que existem pessoas que não aceitam um NÃO?
- Por que existem pessoas que não aplicam as teorias na vida?

Resposta um:

É sério, eu fico me perguntando como é que pode passar pela cabeça de alguém a idéia de não ser um ser único, singular e completo? Não entendo essa necessidade de ter que ter alguém pra se sentir bem, completo e feliz, isso pra mim é doentio. Mas aí vem Freud e me prova que isso é parte de um distúrbio, justifica um monte de comportamento como consequencia disso e sei lá mais o quê e que é normal, que isso existe e que faz parte. Mas na minha cabeça isso vai continuar sendo parte de uma fuga que não vai ter fim. A não ser que se cresça o suficiente pra entender e aceitar a vida singular e plena.
Eu sempre digo que preciso arrumar um namorado, mas sei lá se eu quero isso mesmo. Não estou desmerecendo a companhia de qualquer pessoa que venha ocupar esse posto num futuro sabe deus se próximo, mas o fato é que depois de 3 anos sem namorado de verdade eu me vejo muito mais feliz e plena comigo mesma. Claro, eu sou mulher, tenho TPM e tem dias em que eu queria morrer porque não tenho um namorado, mas acho que parte da minha segurança vem do fato de ter me construído e aceitado ser sozinha. É um processo lento, doloroso e que requer um insight ou uma tapa da vida, mas chega. Jô Soares disse numa entrevista que ser sozinho não está ligado ao fato de ser solitário e eu concordo plenamente. Já me senti solitária e abandonada numa mesa de bar cheia de amigos, ao mesmo tempo em que me sinto plena e realizada sozinha em casa vendo um filme ou lendo um livro. Eu, de fato, acho doentia a idéia de não se aceitar e não se construir enquanto sujeito único e singular na vida. Assim como acho uma palhaçada o fato das pessoas não aceitarem isso ou não quererem crescer, mas quem sou eu pra achar alguma coisa?
Fato.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Inflação

Ou eu tô muito velha ou as coisas estão caras demais. No meu tempo eu comprava mais coisas com esse dinheiro. Por exemplo: com R$ 50,00 eu comprava, pelo menos, das blusas, hoje mal dá pra comprar uma. Ou ainda, com R$ 15,00 eu farrava uma noite, voltava pra casa bêbada e ainda me sobrava 0,75 centavos pra eu me lembrar da noite passada. Até cigarro tá mais caro. Me lembro que quando eu saía de casa com R$ 1,00 eu fumava 4 cigarros e ainda ficava feliz. Que coisa injusta isso. Não tô aqui pra ficar defendendo o congelamento dos preços, a queda do IPI ou coisas desse tipo, mas é revoltante. Imagine que eu sou desempregada e meu dinheiro não dá nem pra comprar meu vício. Isso é foda.

domingo, 26 de abril de 2009

Menos pó

O amor fez de mim pozinho
Das cinzas, coração
Ou um coração cinzeiro
E depois partiu calado feito barquinho de papel
Mesmo estando dentro, estava fora
E não cabia mais dentro, mais nós
Então o vento soprou o pó pra longe, meu coração voou de mim
Ficou do lado de cá tristeza e fim.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Chá?

Bati um prego na parede e pendurei um quadro. Enquanto a água fervia um chá ou o chá fervia dentro da água, sonhei em versos alexandrinos um dia de tarde. Um dia na praia. Um dia de noite. Um dia de chuva. Aí o prego caiu da parede e derrubou meu quadro bem no meio do delírio do dia de guerra, juro que pensei ser uma bomba explodindo na minha sala. Quando a chaleira resolveu apitar e me avisar da ebulição do líquido eu já até tinha perdido a vontade, então fui sonhar mais com as bombas e as explosões aqui dentro.


Texto velho, vindo do outro blogue, que tá mais parado que esse daqui.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Fez careta sim, logo depois que bebeu o chá fez uma careta feia danada. Depois saiu praguejando dizendo que o chá não faria efeito nenhum, que essas coisas de curandeiro eram coisas pra vó acreditar e que nada ía curar aquela maldita ressaca.
Também, eu não mandei beber tanto no dia anterior, quem mandou?! Me diga! Ninguém mandou você beber, passar da conta, comer demais depois e acordar no outro dia com a cabeça dilatada e com uma orquestra de frevo fazendo um show VIP dentro dela. Eu não vou dizer que avisei porque essa coisa de 'eu te disse' não cola mais. Mas eu bem que te falei ontem mesmo que você não deveria beber tanto, afinal... Pois bem, agora aguente.

domingo, 1 de março de 2009

I know, nothing it's happening to me

Eu queria escrever. Escrever em primeira pessoa, falar de mim, dos meus casos e problemas. Desabafar e deixar claro que quem está sofrendo aqui sou eu, mais ninguém. Eu queria bradar aos quatro ventos que alguma coisa estranha me aconteceu e me deixou assim, triste e sem saber o que fazer por alguns dias. Talvez eu precise das pessoas, das pessoas como um todo, sem nada específico para que eu esqueça de mim e seja um pouco menos egoísta do que tenho sido agora. Só penso no meu umbigo, escrevo em primeira pessoa, falo de mim para todos em volta e peço ajuda a deus para solucionar os meus dilemas e problemas. Que saco! É mais fácil, porém um saco ser egoísta.
Isso nem é o pior... Pior é não saber o que fazer comigo mesma e ficar nessa de sonhar e sofrer acordada esperando o sono milagroso ou a providência divina. Tá bom, vou ali falar de outro alguém e ver se eu esqueço de mim por 2 minutos.

Me deseja sorte?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Decreto N° 1

E depois de tudo guardado dentro do peito, e depois de tudo dito, tudo feito
Resta-me a hora
A hora de sair daqui e ir embora

E depois de chorar rios, mares e oceanos
Depois de mentir pra mim mesma durante anos
Resta-me a dor e o desconsolo

E depois de ter que nascer novamente do pó, de cinzas
Ter que ter forças pra subir ao palco da vida
E gritar: Ainda estou viva.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Conselho a mim mesma

Frustração.
Não, ilusão
É saber de tudo.
É saber de tudo desde o começo e achar alguma coisa possível,
Mesmo sabendo que há impossíveis chances.

Ah, vá.
Vá se foder.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A potência do meu cavalo (ou tenho um carro, nada mais)

Som ligado, vidros fumês, pneu rebaixado, adesivos e toda a marra que alguém pode ter ao estar dentro de um veículo nesse naipe. Por que os caras que são feios, são complexados, têm o pau pequeno, não pegam ninguém, são baixos demais, são altos demais, são gordinhos, são caçulas ou sei lá mais o quê acham que as mulheres dão valor ao carro e não a eles? Talvez se eles se fizessem valorizar pelo que são isso acabaria, mas maturidade e inteligência não se vende no mercado.

Óh, gód.