sábado, 1 de dezembro de 2007

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Despedida

Eu:

"Hoje eu quero sair só", por isso aprontei minha malinha cheia de imagens e sons e vaguei. "Não demora eu tô de volta", mas não me espere pro jantar, mulher. Durma. Acorde. Acordes e não fiques triste. Eu só tinha um motivo pra não ficar em casa e todos os outros para ficar, você era um deles. Calma, mulher, eu um dia volto, mas desejo que vivas tua vida sem mim e comigo. Sem nosso carinho na rede, mas com a rede em nós. A gente sabe o que fica, sabe o que vai. Eu fui, você ficou. Ficou em nós um pedaço do outro e esse está para nós na mesma medida.

Plante uma flor, regue o nosso jardim, dê comida aos passarinhos e água aos beija-flores. Faz sempre aquele feijão gostoso com tempero de coetro e azeite. Aos domingos espera o sol nascer cedinho na praia e depois aproveita o sol, se for lua cheia espera ela subir e lembra de nós. Eu já disse que um dia eu volto, mas hoje, "hoje eu quero é sair só, não demora eu tô de volta."


Ela:

"No dia em ocê foi embora eu fiquei sozinha no mundo sem ter ninguém" e mesmo sabendo que tu voltarás em breve, isso me dói. Não, eu não vou saber viver por nós sozinha. Mas vou regar o nosso jardim como de costume e alimentar os passarinhos. Esse domingo vou ver o nascer do sol como naquele dia em que dormimos juntos na areia sob a luar e lembrar de nós dois como uma unidade. Espero tua volta em breve, amor. Não me esquece. E quando chegares, não deixa de assobiar na escada.

domingo, 18 de novembro de 2007

Complexo de Brigitte Bardot

BRIGITTE BARDOT - Tom Zé
A Brigitte Bardot está ficando velha,
envelheceu antes dos nossos sonhos.
Coitada da Brigitte Bardot,
que era uma moça bonita,
mas ela mesma não podia ser um sonho
para nunca envelhecer.
A Brigitte Bardot está se desmanchando
e os nossos sonhos querem pedir divórcio.
Pelo mundo inteiro
milhões e milhões de sonhos
querem também pedir divórcio
e a Brigitte Bardot agora
está ficando triste e sozinha.
Será que algum rapaz de vinte anos
vai telefonar
na hora exata em que ela estiver
com vontade de se suicidar?
Quando a gente era pequeno,
pensava que quando crescesse
Ía ser namorado da Brigitte Bardot,
mas a Brigitte Bardot
está ficando triste e sozinha.




É, meu caro Watson, é elementar.

domingo, 11 de novembro de 2007

Verdade?

Eu descobri que estou ficando velha. Não, a conclusão não veio hoje, hoje eu apenas aceitei essa idéia. Idéia? Enfim, eu estou velha, reclamona (mais) e chata. Eu não sei mais sair para me divertir, não ando mais com as gatinhas culturais do burburinho, não tenho mais banda, estou gorda e sedentária. As coisas acontecem e eu não tenho mais vontade delas. As pessoas me cansam mais rápido agora e não é só isso, tudo me cansa. Não, eu não sou fresca demais, eu só estou velha, por hora. Sim, não sei se a água que eu bebi hoje era da fonte da juventude, ainda estou esperando o efeito chegar. Caso contrário, vou continuar velha. Fato.
Me cansei de certas futilidades e papos idiotas e besteiras e mesquinharias mínimas e gritos e tudo mais. Preciso da minha casa na praia agora porque esse estado já me irritou por demais. Não fossem só as futilidades, ainda tenho que aturar os seus donos e toda aquela merda de gente que diz que é amigo. Ô falsidade. Quanta gente para mandar tomar no cu agora... Vai lá, sinta-se em casa.

Is this it.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Shall we dance?

Estava em cima do telhado olhando as estrelinhas do céu. Dormi lá. O bom te ter um telhado de laje é que você pode colocar um colchão, levar um som e umas cervejas e ficar olhando o céu a noite toda. Acordar às 5 com o sol subindo ao céu e agradecer por tudo isso e por tudo que há de vir. Eu estava lá. Dormindo. Sonhando e dançando ao mesmo tempo. É que as vezes é possível fazer tudo isso e ainda achar que não está fazendo nada de mais. Eu estava triste, confesso. Ele não havia me ligado. Que importa? Eu vivo bem sem ele, mas com ele eu vivo bem melhor. Acontece... Eu sabia que poderia ficar mal com toda aquela ausência e com aquele desapego aparente, mas apostei em nós. Apostas têm 50% de chances de darem certo. A minha tava dando errado e ainda era só o começo.


Amado - Vanessa da Mata

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você.

sábado, 13 de outubro de 2007

Números

01. (zero um) mais um.
02. (zero dois) o chefe.
06. (zero seis) ele mesmo.
E assim começa a histórias dos homens números.

Lugar comum, lugar qualquer, aqui, ali ou em qualquer lugar, tudo é bem rotina. 02 dispara as ordens, quer ser atendido o mais rápido possível, claro. O tempo pra ele é dinheiro e como todos, ele não quer perdê-lo. 01 cuida em atender as ordens, sabe que o emprego, apesar de arriscado, traz bons lucros. Não quer ter a mão decepada por um descuido que pode ser evitado. Ele sabe como executar as ordens, sabe como chegar junto, sabe fazer com que paguem o montante devido na hora e local especificado. 06 é apenas aquele que segura as pontas quando dá, quando não dá, paciência. É o primeiro a entregar os fatos, correr com a carga e fazer a fita. Ele sabe bem que “se vacilar o jacaré abraça" e sabe o quanto dói o abraço do jacaré. Depois de dois tiros de raspão, o que ele mais faz é correr rapidamente pelos becos e vielas.
Longe dali vive um cidadão. Residente no número 224 e que sai todos os dias pro trabalho. Toma o ônibus da linha 1758 sempre às 7:03 da manhã. Chega ao trabalho, entra no elevador e pede: 5° andar. Sala 1, a sala de recepção. Senta na máquina 1 e começa, das 8:00 às 18:00 aquele trabalhinho de merda, que no final do mês rende uns 500 paus, mas e daí? Dignidade é tudo, né?!
02 resolve que as coisas vão mudar por ali, afinal ele quem manda. Chama atenção do 04 porque ele não está sendo eficiente, diz que se mais um vacilo acontecer, quem vai voar é ele. Aqui o culpado nunca é o boss, nunca 02 será culpado por um erro, mesmo que ele que erre. Sabe, a hierarquia aqui é uma coisa impressionante. Sempre foi seguida. Enquanto 03 e 07 vivem de soltar fogos no telhado e ganham em pó para isso e também para os manter acordados, 02 pesa, mede, filtra, empacota, alinha, passa o troco, pega a grana, paga o toco. Com ajuda de um aqui, outro ali, consegue driblar os gambés, os alemão, os porcos fardados e faz uma incrível rede de mercado sujo e inabalável. A não ser quando aqueles com sede de justiça resolvem fazê-la com as próprias mãos, aí já viu, né?! Lá vem merda. Mas fora isso, tudo reina na santa paz de Deus, ou do Diabo, por quê não? Ali ninguém sabe a quem pedir ou agradecer, na verdade. E tanto faz, o destino é só um: 12 na cabeça, mas até lá muitos litros, quilos, tiros...

Às 18:00 o cidadão trabalhador volta pra casa, dessa vez de metrô. Linha verde, 3ª estação depois da subida. Aquele mesmo trajeto há 9 anos. Quando chega em casa, a mulher e as duas filhas o esperam pro jantar. E após a novela das 20:00 todos deitam para mais uma noite de sono e mais uma jornada no dia seguinte. O que na verdade ninguém sabe é até quando 02 continuará no comando, até quando o cidadão ficará imune às balas perdidas e à corrupção que lhe salta aos olhos, e por quanto tempo a pseudo-paz reinará na Vila de Todos os Santos. Como tudo ali é relativo, inclusive as ladeiras, o que se pode prever não passa da previsão do tempo, dada pelos jornais. Certezas só da morte, e essa todos têm. Uns sabem somente como irão morrer, é o caso de 04. Ele sabe que ou de pó ou de bala, muito bem acertada, obrigado. Enquanto isso 02 consegue iludir e ludibriar mais uns 05 para o seu exército. Enquanto isso mais uns 5 policiais são colocados pra fora da corporação com as denúncias de corrupção e irão se candidatar ao posto de soldados do 02. Enquanto isso, mais uns 5 cidadãos da cidade do caos morrem, com pelo menos 2 tiros de 38, por negligência de uns 5 soldados, de qualquer um dos lados.

E o saldo? 5, 10, quantos mil? 02 não quer saber, o que importa é o barato fazer efeito, o devedor pagar direito, o gambé dá o seu jeito pra que tudo saia perfeito. Caiu mais um com um tiro no peito.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Sobre passagens e momentos escapados...

Pelos dedos.
Pelos atos.
Pelas mãos.
As coisas, o tempo e as pessoas passam.
E fica um vazio enorme dentro de mim.
A pergunta recorre: o que eu fiz com isso?

Acontece.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

God Am - Alice in Chains

Dear God, how you been, then?
I'm not fine fuck pretending
All of this death you're sending
Best throw some free heart mending.


Tensão pré-aniversário.

sábado, 4 de agosto de 2007

Verdades
Absolutas
Nunca fizeram minha cabeça.
Mentiras
Deslavadas
Não condizem com minha índole.
Mas fazer o quê?
Não sei viver sem as duas metades.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

"vou jo-gar tu-do pro ar áá´" Wonka

Jogar tudo pro alto. Fugir. Correr. Não olhar para trás. Eu fiz tudo isso e não me arrependo. E sabe por quê? Porque sempre sou recompensada com as mais felicidades plenas, as risadas, as cachaças, as pessoas e as paixonites de inverno que sempre assolam o coração por 5 dias. É até bom essa sensação, me faz sentir viva de novo, já que a paixão de verdade faz tempo que não me aparece.
Foram três dias bem felizes, na verdade, dois e meio. E valeu todas as andadas no sol, no frio e na garoa. Valeu o after na Budega, sempre. Valeu os queridos conquistados, mais novos. Valeu as brigas e chutes e tapas e abraços e carinhos. Valeu as cachaças da minha irmã, salve a Jurema Sagrada! Valeu demais.
É impossível descrever. É incontável a saudade.

terça-feira, 24 de julho de 2007

terça-feira, 10 de julho de 2007

Aquela menina ainda não sabe o que quer, mas corre. Ela é cheia de medos e pudores primitivos, tem vontades mas não sabe se é de verdade. Um dia espera encontrar o caminho certo sem precisar fazer esforços, porém sabe que não é assim. Vive alimentando ilusões e fantasias no seu pequeno mundo asteróide enquanto assiste a vida passar de barquinho pelo rio. O seu maior sonho é morar na praia com os 5 filhos que deseja ter e ser vegetariana. Tem medo que a "praga" do amigo não se torne real e espera voltar daquela cidade de bem com a vida e com a mala cheia de lembranças saudáveis. Saudáveis. Não busca mais o amor e desacredita quando dizem que isso é real. Nunca mais pensou no marido perfeito e nas juras eternas, mas espera encontrar um cara legal pra tomar sorvete e comer brigadeiro de panela. Se isso é uma fantasia sobre o amor ela ainda não sabe, mas espera que se realize. Acontece que as vezes a menina se desaponta com as coisas tristes e pensa em desistir, chama isso de proteção. Covardia seria mais apropriado, ela sabe.
Tem mil pedaços do coração espalhados e espera encontrá-los um dia, em qualquer lugar. Sa que alguns deles vão ficar perdidos mesmo, mas vai tentar.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Auto Conselho

Apesar de toda confusão consumidora. Apesar de todo o medo existente. Apesar de toda aquela coisa, eu tenho que ir lá e dizer: vai Milena, tu consegue!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cartas de amor para ninguém (5)

Atrela, minha tela
Fica presa em mim
Trela, minha meta
E se dana no mundo
Aperta minha pele
Me pela em pêlo
E se enrola que te pinto em óleo sobre tela,
Minha Bela.


Íris - 17.06.07

sexta-feira, 8 de junho de 2007

quinta-feira, 7 de junho de 2007

"Eu não sei na verdade quem eu sou"

Não adianta vir com definições prontas, rótulos ou paradigmas. Na verdade, tudo que é confusão e agitação molecular vive em mim. E isso as vezes é bom, por outras... enche o saco.
No dia em que pensei mais sobre isso, vieram lembranças com gosto de infância e fotografias amareladas. Muitas delas perdidas no espaço que deixo para as coisas que passaram, bem lá atrás no cérebro. Algumas mergulham na minha frente, como aquele pneu de caminhão que tinha no areal onde eu brincava de balanço. Ou como aquela viagem no fusca amarelo do meu pai. Tudo fica guardado esperando a hora que eu vou lembrar. Por vezes me esqueço do que não poderia de forma alguma, mas esqueço. Não é de propósito, é apenas falta de atenção ou perda de memória recente. É triste.
A pior hora do dia é quando me deito. Porque nunca consigo dormir de uma vez. Lembrando de coisas e fantasiando possíveis Milenas para viver por mim no dia seguinte. E sempre vem a pergunta: quem tá aqui?

domingo, 3 de junho de 2007

Cartas de amor para ninguém (4)

- Volta aqui Antônio Carlos!
- Volta aqui nada!
- Antônio Carlos, por favor! Estou falando sério!
- Ah Paula, vai se fuder.
- Antônioooooooooo, seu filho de uma puta!
- Tira a minha mãe do meio, sua vadia!

(Antônio corre pra janela e Paula vai em direção a porta)

- A Paula é uma puta, minha gente! (gritou ele pela janela)
- Antônio Carolos eu vou te cortar essa porra que você chama de pau.
- Esse que você adora?
- Essa coisa que não serve e você diz que ainda usa!

(Paula sai de casa e vai pra rua)

- Antônio, seu corno! Arrumei melhores que você.
- Paula, vai te fuder. (grita Antônio pela janela)

Dois dias depois...

- Você jura que vai me tratar bem de novo?
- Claro amor, eu te amo.

Em meia hora...

- Antônio Carlos, a porta.
- Paula, vai lá ver. (Paula vai atender)
- Paula? Paula?

*Paula foi surpreendida pelo vizinho que sempre a amou e fugiram para as ilhas Kayman. Antônio Carlos? Morreu de desgosto.*



Cadê minha surpresa? ¬¬'

sábado, 2 de junho de 2007

'Sobra tanta falta ™'

E sempre que se parte, o que fica é um pedaço. Um meio, metade, um tanto. Em todas as vezes, vem junto a saudade. E essa reparte tudo em mais outra metade. E dói. E machuca e cansa. Não por vontade, não por querer, mas ela invade. Sem pedir licença, sem que eu permita, ela me rouba a razão deixando um oco no lugar. E não adianta ficar aqui com redundâncias mil, ela não vai embora mesmo.
Ah, saudade ingrata, vá embora do meu peito.


*Sobra tanta falta - Carlos Trevisan™*

"Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salva
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salva..."


Tem alguém aí pra me salvar?

domingo, 27 de maio de 2007

"tristeza não tem fim, felicidade sim"

Subir no ônibus e ter a sensação de medo e euforia juntas, lado a lado. Como se tudo fosse ser perfeito, ainda que nada soubesse.
Saímos do Recife na quarta de noite, depois das 23. Partimos. Eu parti com eles. Chegaríamos em Aracaju de manhã cedo e por estar tão ansiosa e feliz, não dormi nada a noite toda. Salve o mp3 player com Björk, Mutantes, Albert Hammond Jr. e outras coisas mais.
O silêncio durou toda a viagem. Todos dormiram... Eu não.
Chegamos em Aracaju às 7 da manhã, linda praia contemplada logo cedo. Lindo litoral. O hotel tinha clima de casa, sabe?! Tipo o chalé do meu tio, no privê de Gravatá. Lugares comuns, é isso. Era arrumado, verdinho e o calor de lá era maior que o daqui.
Eu queria dormir. Tomei banho mas não conseguia pregar o olho. Adrena lá em cima e tudo e coisa e tal.
Conversas na beira da piscina, os sorrisos começam a aparecer e o que (ao meu ver) poderia não ser nada bom, começa a ficar legal demais.
Papos com o Lui, e o sono chega. Vou dormir na cama do Rober. Acho que dormi umas 2 horinhas e me acordei com os vizinhos conversando alto. ¬¬ Alguns estavam jogando sinuca, bebendo e jogando conversa fora, outros na praia, aproveitando o meio dia de folga. Almoçamos na beira do rio Sergipe, linda vista. Fotos mil, todas nas câmeras alheias, logo mais terei todas.
Depois do almoço, voltar ao hotel, tomar banho e começar o trabalho no teatro. O show da quinta foi super lindo e tranquilo. O público de Aracaju foi muito caloroso e os meninos não esperavam essa reação.
Saímos atrasados na sexta rumo à Salvador. Chegamos tarde, claro. Uns no shopping, outros na gravação do programa. Espalhados, disperços, mas nada de trabalho pesado por enquanto.
Às 18 horas São Pedro resolve nos contemplar com a incrível chuva que durou a noite toda. Fomos ao Zauber, local do show, preparar as coisas para a noite. Lugar pequeno, inesperado. Desepero de uns, fome de outros. Mais uma vez, separa a trupe. A melhor visão do Elevador Lacerda ficava nas duas janelinhas toscas do camarim do Zauber (inferninho). Lui, Nardão e eu nos encarregamos de contemplá-la ^^
Prepara pro show. Atrasa tudo. Carrega mala. Chuva. Albergue. Banho. Volta. Pelourinho lazarento dos infernos. Motorista filho da puta. Perdi o show ¬¬
Sair do palco correndo pro ônibus, levar chuva e trocar de roupa todo mundo junto no busão. Ensopados. Pára na praia, molha os pés e agradece. Odoyá, Iemanjá. Segue.
Charlão amanhece doente. Muito mal. Calafrios, febre alta e chora. Preocupação geral. Pára em Aracaju na volta pra pegar a bolsa de Dani que havia ficado no hotel. Segue com o Charlão mal.
Almoçamos num beira de estrada bem legal, já estávamos em Maceió. Pegamos Thiago no Recife e seguimos para João Pessoa. Após 15 horas e meia dentro do busão com apenas duas paradas, todos sujos de suor e banho de chuva, chegamos ao teatro Paulo Pontes. Já havia uma tímida fila esperando pra ver o show.
Arruma daqui, passa o som dali, entrevista, link ao vivo e coisa e tal. Eu estava imunda. Só parei pra tomar banho na metade do primeiro show. Nossa, que alívio. E volta pro corre da lojinha. Acabou o primeiro. Devidamente sentada no teatro, que nessa outra sessão tinha apenas umas 250 pessoas, pude assistir o show sem me preocupar. Vi a performance do Rober, que nunca tinha visto, apesar dos 4 shows que havia presenciado. Encantadora.
Tudo aconteceu muito rápido, muito intenso. E o melhor de tudo foi poder ser reconhecida no final das contas, sabe?! Só pelo abraço de alguns ou pelo olhar do Lui mais o elogio da Má, já valeu a trip.
Os 50 mangos mais bem gastos da minha vida.

:)
Duas coisas:
Admiração maior e amor.


E depois, tudo sobre a melhor trip de minha vida com apenas 50 mangos ^^

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Sobre vícios, mesa de bar e amigos.

É bem verdade que não há melhor lugar para se conversar com os amigos, senão numa mesa de bar. De preferência, aqueles bares bem feios, mas que rolam um som legal e a cerveja tá gelada e é barata. Calma, não vou muito longe para encontrar isso, não. É logo ali, perto da faculdade uns 500 metros. Faz tempo que não apareço por lá, e sinto falta daquelas sextas em que eu saía de casa e ía pro Lucas, o Amigão, para beber com a galera. Ciclo vicioso esse, não? Sexta de noite é meio que uma lei que se saia de casa e vá beber com os amigos em algum lugar, regado de cigarros e boa música.
O fato é que depois das aulas terem começado, do curso extra e da falta de dinheiro, eu nunca mais saí pra tomar uma, duas, três... e acho que por isso, não tenho tido apetite alcóolico. Não tenho vontade de beber desde muito tempo, e até o cigarro eu estou parando gradativamente, só não sei se consigo. Os amigos agora são pouco vistos e a saudade é de matar. Mas falta aquela mesa, aquela reunião, aquelas conversas... falta também tempo pra mim.
Eu que achava que ía conseguir fazer tudo e mais as aulas da faculdade, mas tô vendo que vai ser complicado.

Eu quero só um dia de descanso, uma mesa de bar, meus amigos, um bom som e aquele Hollywood red mata mais.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Cartas de amor para ninguém (3)

Eu gosto do teu cheiro e de como ele se propaga em mim. Do teu sorriso suave, das mãos macias e quentes, do olhar carinhoso e de todo o resto de ti. Eu gosto do teu jeito de falar baixinho e pausado, daquela risada gostosa e das nossas tardes perdidas de lero-lero. Me dá uma vontade de te apertar contra o meu peito e nunca mais largar. Me afogar em ti e nunca mais querer voltar. Eu gosto do jeito como as coisas fluem em nós e de toda a nossa simplicidade comum e de todos os teus conselhos. Eu fico parada, só olhando, para ver se me torno parte de ti, se me fundo ou me afundo no mar de palavras tuas. Eu me deixaria levar por horas a fio se tu tocasses para mim a noite toda e se me beijasses por breves segundos de alegria, seria perfeito. Eu adoraria sentir teu beijo em meu corpo sob a lua mansa. Eu seria bem mais feliz. Eu sinto teu cheiro de longe, assim te sinto... longe. E por mais distantes que pareçamos, sinto-te tão perto que me acalmo. Um dia sentirei-me tua.

Íris - 08/08/2006

segunda-feira, 7 de maio de 2007

.

Pra começo de conversa, eu não gosto de mentiras.
Segundo, eu também odeio falsidade, mesquinharia, fuleragem e todas as coisas do gênero.
Então, se você, caro amigA, tiver alguma coisa pra dizer, que seja logo.

Meu desejo de ruindade aumenta a cada dia.
[desabafo]

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Faça seu dia ser um caos em três passos:

Acorde com sua mãe te ligando às 9 da manhã pra lhe dizer o que você já sabia.
Saia de casa depois da hora do almoço e sem almoçar pra ir no centro resolver as suas coisas de estudante falido e, na parada de ônibus perceba que esqueceu o cartão de passagens que você ía pôr créditos. Como você mora em 3 lugares ao mesmo tempo, passe na sua 2 casa e não encontre as coisas. Volte de onde você saiu e ache o bendito cartão. Perca dois ônibus com isso. Na parada novamente, você está com preguiça de andar e o tempo não está tão bom assim, você decide pegar dois ônibus, gastando as duas últimas passagens do seu cartão. Vá na UNE (União Nacional dos Estudantes) fazer a sua nova carteira de estudante e dê de cara com a porta fechada, mas não desanime, ainda falta carregar o cartão. Chegue na EMTU e dê de cara com um protesto dos estudantes revoltados porque resolveram "imprensar" o feriado, fazendo você de idiota e, conseqüentemente, não te deixando carregar aquela porra de cartão eletrônico.
Ande um bocadinho até chegar no seu ponto de ônibus e perceba que acabara de perder mais um ônibus. Volte pra casa pra terminar de fazer uns trabalhos e dê de cara com o seu computador quebrado. Sim, eu disse QUEBRADO. "Ele simplesmente explodiu hoje de manhã", responde seu irmão com a cara mais normal do mundo.
Pois é, tudo pode piorar a cada passo. E porque não dizer a cada segundo?!
Viva o Murphy's Day! \o/ ¬¬

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Cartas de amor para ninguém (2)

Aquele riso, aquela cor
Nossa alma, nossa dor.
os meus prantos, as tuas risadas
O meu sorriso errante e mais nada.
Os teus dias, as minhas verdades
Os meus enganos, as tuas maldades
Os nossos desejos, as nossas brigas
A minha dor, a tua ida.
Tudo que foi, que seria
Tudo que sonhamos um dia
Tudo aquilo que seria e não é mais
Despeçamo-nos para nunca mais.

08.08.06 - Íris

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Cartas de amor para ninguém (1)

Ela tem manias
Ele, agonias.
Ela tem certezas
Ele, beleza.
Ela tem vícios
Ele, ofícios.
Ela tem saudades
Ele, vaidade.
Ela tem coragem
Ele, covardia.
Ela tem sonhos
Ele, poesias.
Ela te amores
Ele, pudores.
Ela tem olhares
Ele, dissabores.
Ela se completa
Ele, falta pedaçoes.
Ela ama ele
Ele?



*Aquele seu amor continua guardado aqui no meu peito, viu?! Quando voltas pro meu lar? Avisa, amor, que eu vou pra porta te esperar.*

terça-feira, 10 de abril de 2007

Do ontem, hoje e amanhã

Ontem eu chorei, sabe. Chorei porque uma angústia me encheu o peito e nada mais pôde ser maior que ela. Ainda sim, me contive no choro. Não sei bem explicar o que é, mas é uma coisa que tem a ver com o lugar. Com o clima. Com as pessoas aqui e suas palavras gorssas. Com toda aquela mágoa antiga guardada com gosto de mofo. E toda aquela indiferença cultivada anos a fio. Eu queria conseguir olhar na cara dele e não sentir raiva. Mas eu sinto. É meio absurdo, mas me foge do controle. Ter que olhar todo santo dia pra ele e não sentir vontade de gritar o quanto ele me faz mal, o quanto eu o odeio cada dia mais. São feridas não cicatrizadas, frustrações, mágoas, medos e um monte de coisa junta que só piora. Não há conversas, há brigas. Não há olhares, há cabeças baixas. Não há afeto, há rispidez. E todo aquele conceito de família cai dia após dia. Eu não sinto mais saudades de casa. Até porque não me sinto bem nela. Eu não queria ter voltado pra cá, mas também não consigo sair. Não sei ao certo o que me prende, o que me acorrenta. Mas há algo maior que o ódio, que não me deixa sair. E é nessas horas que eu penso se vale a pena ou não tentar ficar mais um pouco. Mas e meu tempo? E minha vida? E minhas expectativas? Aqui eu não creço, não prospero, me maltrato, deixo que me maltratem.
Eu não me julgo tão ruim que mereça isso tudo, nem tão boa pra não precisar passar por tudo isso. Eu só acho que com 20 anos eu poderia estar bem mais feliz. Bem longe daqui.

domingo, 1 de abril de 2007

Desencanta

que o príncipe encantado deixou o cavalo e foi a pé pra casa da outra. Mandou apenas o cavalo com um bilhete na crina que dizia: "Queria Cinderela, não aguentei, fugi pra casa dela".
Agora senta e chora.




Miedo - Lenine

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
(...)
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
(...)
Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de dormir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Miedo... que da miedo del miedo que da

quinta-feira, 29 de março de 2007

uma conclusão ou observação, apenas.

Eu me canso e a dor de cabeça insiste em me atormentar.
A cada linha que sobe, uma desilusão.
E ao passo que a conversa rola, uma mágoa nova brota.
E ele não consegue ,e fazer feliz por mais de 2 minutos e depois esquece. Torna a magoar.
Eu queria mesmo era que tudo findasse e nada acontecesse.
Porque eu me magoo muito mais fácil que canso, mas, no nosso caso, eu já cansei.
Acontece...

quarta-feira, 28 de março de 2007

As coisas se encaminham, tomam rumo, dão-se forma. Até o vento volta a entrar pela janela. E há quem diga que não é feliz com isso.
Mas eu só queria dois dias de descanso naquela praia, do lado daquele menino, ouvindo aquele cantor.
Tô pedindo demais?

Apesar de saber das devidas dificuldades do moço estar presente, apesar da quase impossível chance do tal descanso na tal praia. Eu ainda desejo.


Só sorriu depois que chorou na véspera
Com a mão na testa os olhos enxugou
Sabe que sorrir é bom
E quem não detesta ?
Sofrer a espera de quem sempre amou
Há sempre a pequena chance
De o impossível rolar
Soterrar o mundo com uma avalanche
Só pra que possa sobrar
Apenas eu
E você
Apenas eu
E você, iê iê
Apenas eu
E você
Apenas eu
E você , iê iê

Bastaria pra que o mundo houvesse em qualquer lugar

Titãs - Sua impossível chance

segunda-feira, 26 de março de 2007

Apaixonite

Ele nem imagina o quanto...



You don’t know me
Bet you’ll never get to know me
You don’t know me at all
Feel so lonely
The world is spinning round slowly
There’s nothing you can show me
From behind the wall
Show me from behind the wall
Show me from behind the wall
Show me from behind the wall
(...)
Eu você nos dois, já temos um passado meu amor
Um violão guardado, aquela flor
Show me from behind the wall
Show me from behind the wall
Show me from behind the wall.

Caetano - You don't know me

quinta-feira, 15 de março de 2007

presente pro lon

E quando eu nunca pensei encontrar o par perfeito para meu número de balé, eis que surge você: Sapatilha pro meu pé.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Carnavalizar

Eu quero carnaval bimestral.
Eu quero segurança integral.
Eu quero um Pierrot pra mim.
Free Hugs não ser só uma campanha.
Pessoas boas no mundo a cada 1 mentro de distância.
E uns shows legais de graça. ;)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

apaixonite

eu acho legal me apaixonar, e confesso que há mais de um ano isso não acontecia.
depois de muito procurar, em vão, aconteceu. é aquela coisa de tremer e ficar travada. e olhe que é tão pouco. encantinhos são sempre bem-vindos.

faculdade.

coletivo comunicação + banda.

projetos e rumos.




ano novo.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Eu gosto de ser surpreendida com coisas novas e principalmente felizes. Passar no vestibular pra Artes Plásticas, por exemplo, foi uma enorme surpresa. Talvez a maior desse ano. Eu nunca esperei que fosse me dar bem.
Mas...

As coisas têm tratado de se encaminhar nessa minha vida de um jeito particular e feliz também, eu só acho muito bom. Saudade de uns muitos queridos de minha vida e tudo mais, mas faz parte. Eu só lamento muito isso.

Só falta plantar uma árvore e ter meus filhos agora. ;)