sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
365 dias
Não tenha dúvidas pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos."
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Anotações num caderno qualquer
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Estava com medo e isso era bem claro. Conseguia mostrar no rosto aquilo que as palavras não coseguiriam dizer se saíssem da boca. A tensão pré-alguma-coisa sempre deixava as unhas roídas, os cabelos mais brancos, as rugas mais intensas e aquela cara sisuda durante todo o tempo. "Até dormindo tem a cara amarrada", dizia a mulher quando acordava de madrugada pra ir beber água e olhava pro marido deitado ao seu lado.
O que preocupava o senhor Félix era sempre a mesma coisa: todo mês havia um campeonato de buraco na vila e ele sempre ía pras finais com a sua dupla, o senhor Álvaro. O problema é que eles sempre eram derrotados na grande final e tinham que esperar por mais um mês até que chegassem novamente na final e tentassem ganhar algum título. Félix e Álvaro eram grandes amigos, desde a infância. O Seu Félix era um cara mais fechado, mais na dele e por isso as rugas já apareciam em seu rosto denunciando o comportamento "amarrado" de ser. Seu Álvaro era o oposto. Com tanta alegria de viver e tanta disposição, ostentava apenas uma calvice breve e os dentes amarelados por causa do cigarro que não saía da sua boca. Os dois chegaram pra morar na vila no mesmo ano, em 1952 quando os seus respectivos pais se aposetaram da Marinha e ganharam uma casinha na vila dos marinheiros para viver pelo resto da vida. Os dois cresceram juntos, compartilharam uma vida inteira e adolescência juntos. Seu Félix herdou do pai a casa e, desde que se casou a dona Madalena, mora por lá. Os dois não tiveram filhos. Seu Álvaro chegou a sair de casa quando grande mas voltou pra cuidar da mãe doente e depois da morte dela, continuou por lá.
Os dois tinham a mesma rotina de 'velhinos saúde' e caminhavam pela manhã todos os dias. Jogavam conversa fora no balanço do jardim e vez ou outra arrumavam a garagem, o jardim, pintavam um portão... Nas noites de terça era o clássico campeonato de buraco, organizado por tabelas de classificação e por níveis de dificuldade, os dois eram do tempo da fundação do campeonato. Seu Álvaro até já tinha sido presintende do clube do buraco, mas hoje era apenas um jogador e a dupla oficial de seu Félix. Pois bem, era final de campeonato e os dois estavam nas semi-finais do campeonato, se ganhassem hoje já garantiam vaga na final da semana que vem e eles ganharam. Durante uma semana seu Félix ficava de cara amarrada, mais calado do que nunca e mirabolando jogadas imaginadas e fantásticas para vencer a dupla adversária. Ele tinha até o truque pra conseguir pegar o morto antes do tempo fazendo apenas uma sequência real limpa. Tudo armado, tudo pronto em sua cabeça, mas jogo é jogo e a única regra que existe é a sorte.
Seu Félix estava com medo. Ele sempre ficava com medo antes das partidas porque levava aquilo muito a sério. E hoje como era de se esperar eles pederam outra vez, embora seu Álvaro tivesse chegado muito perto de bater por duas vezes. Seu Félix sempre levantava da cadeira com muita raiva e ía embora pra casa sem dar boa noite aos companheiros. Seu Álvaro sempre ficava pra discutir as jogadas com os vencedores e fumar mais um cigarro até ir pra casa.
[faz tanto tempo que eu fiz que perdi a vontade de terminar. fica aqui pro futuro, quem sabe]
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
E é por isso que prefiro que as despedidas sejam cegas, surdas e mudas. Elas devem acontecer sem aviso prévio, sem antecipação. As despedidas de amor, que doam todas elas, deveriam somente existir na imaginação de quem fica, no coração de quem vai. Elas corroem quando são vividas, destroem quando são descobertas, por isso que digo: se quer ir embora, vá. Não me avise. Eu não quero saber onde e nem por que, não me interessam os seus motivos. Quer ir embora? Vá!
Suma de mim como as tampas de caneta bic somem, repentinas e quebradas. Corra daqui na velocidade da luz, que é muda. Eu não quero ter que ouvir sua boca dizendo "adeus" pros meus ouvidos, tampouco os seus passos indo cada vez mais longe. Irrita-me as chaves balançando atrás da porta da sala e o barulho da porta do elevador. Corre. Desaparece. Vira pó, ao menos ele é mudo. Vai e não olha pra trás.
Quando estás perto é iminente o momento de ir-se. E quando vais não me deixas ir junto, não me levas. Afinal, se me levas não vais, vamos. E eu não quero ir, eu quero ficar para apagar a luz e tomar o útimo gole da cerveja desta mesa. No escuro.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
O tempo cura, fortalece e mata.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
tu, tu, tu, tu, tu...
Como dizer com palavras aquilo que não se explica com elas?
Pode chamar um tradutor, sim?
É possível mudar de estação quando quer ou teremos que esperar bastante tempo pra isso?
Funciona sem sinal?
Tem garantia se quebrar?
Pode trocar se não gostar?
Quanto tempo dura em média?
Alô? Alô?
Moça, me responda!
quinta-feira, 8 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Havia caído na cama um dia antes e dormido direto, umas 22 horas. Acordara cansada e sabe deus porque, foi tomar banho, café e despertar. Na sala, a tv ligada e aquela busca random por alguma coisa que prestasse era infinita, tipo um looping. Cansou da tv, ligou o rádio e foi ouvir as notícias da periferia. Achou chato. Agora que já estava acordada e pra completar, sem sono, resolveu escrever uma carta pra mãe contando como as coisas estavam, como estava indo na faculdade e que viver fora do país é realmente, muito complicado. Sentou a bunda na cadeira, agarrou lápis e papel e danou-se a escrever aquela imensa carta-noticiário pra pobre mãe do outro lado do oceano. Depois de algumas horas, folhas amassadas pelo chão e várias pontas carcomidas de lápis, julgou ter terminado a cartinha. Nos correios, selou e mandou.
Algum tempo atrás, sabe-se lá quando, a mãe havia ligado pra xingar ela e dizer que ela era uma filha mais que ingrata, malvada. Que não mandava sequer o dinheiro da escola da menina e que morar na europa só poderia ser muito, mas muito fácil. Mais fácil ainda era virar garota de programa.
Quando voltou dos correios, fumou aquele último cigarro e tocou fogo no próprio apartamento.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Lista nº 1
- Médicos, muitos médicos
- Estágio (pendências, possibilidades)
- Presentes: Bia, Dia dos Namorados, Cyba
- Dívidas: Mãe, Cartão de crédito
- Devedores: Os mesmos
- Regime now
Da série 'listas são feitas para serem riscadas'
quarta-feira, 28 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Haicai que não cai.
É saber que pela frente
Ainda tem uma longa estrada.
[eu adoro sentar na frente do computador e as idéias sairem da cabeça direto pros dedos, sem intervalo comercial.]
terça-feira, 16 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Toque o foda-se você também.