quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

# 2

O coração vermelho em sangue batia dentro do peito, descompassado. Ela tentava a todo custo não demonstrar que era ele o seu amado. O rubor de sua face denunciava todo o seu medo e amor por ele, enquanto ele dançava com a outra. No canto da sala, ela olhava pra todos da festa na esperança de encontrar alguém e esquecer de vez aquele amor de tanto tempo. De repente as luzes se apagam e ela resolve se declarar pra ele no escuro, só assim não demonstraria o quanto envergonhada estava. Se lança pelo meio das pessoas e ao sentir que chegara, então, na frente de seu amor puxa-lhe o braço e diz: eu te amo. As luzes voltam. Ele pôde então ver quem se declarara. Ela não se contém e corre pela sala em direção à porta. Quando chega do lado de fora ele toma-lhe o braço e diz: Por tanto tempo esperei por esse momento mas demorastes tanto que eu me cansei. Por dois anos te mandei flores, te cortejei e tu nada fizestes, agora eu me libertei de ti e consigo ser feliz sem ter tido você. Sinto muito. Ela, que em prantos ouviu a tudo, respondeu: E eu sempre te amei mas só agora tive coragem de dizê-lo na esperança de te ter de uma vez.

*Silêncio*

A festa continua, ele volta ao salão e continua a bailar com a moça bela, e ela a chorar na rua.



~as oportunidades são únicas. o amor as vezes~.




Crônicas antigas, agora no blog.

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