segunda-feira, 30 de abril de 2007

Faça seu dia ser um caos em três passos:

Acorde com sua mãe te ligando às 9 da manhã pra lhe dizer o que você já sabia.
Saia de casa depois da hora do almoço e sem almoçar pra ir no centro resolver as suas coisas de estudante falido e, na parada de ônibus perceba que esqueceu o cartão de passagens que você ía pôr créditos. Como você mora em 3 lugares ao mesmo tempo, passe na sua 2 casa e não encontre as coisas. Volte de onde você saiu e ache o bendito cartão. Perca dois ônibus com isso. Na parada novamente, você está com preguiça de andar e o tempo não está tão bom assim, você decide pegar dois ônibus, gastando as duas últimas passagens do seu cartão. Vá na UNE (União Nacional dos Estudantes) fazer a sua nova carteira de estudante e dê de cara com a porta fechada, mas não desanime, ainda falta carregar o cartão. Chegue na EMTU e dê de cara com um protesto dos estudantes revoltados porque resolveram "imprensar" o feriado, fazendo você de idiota e, conseqüentemente, não te deixando carregar aquela porra de cartão eletrônico.
Ande um bocadinho até chegar no seu ponto de ônibus e perceba que acabara de perder mais um ônibus. Volte pra casa pra terminar de fazer uns trabalhos e dê de cara com o seu computador quebrado. Sim, eu disse QUEBRADO. "Ele simplesmente explodiu hoje de manhã", responde seu irmão com a cara mais normal do mundo.
Pois é, tudo pode piorar a cada passo. E porque não dizer a cada segundo?!
Viva o Murphy's Day! \o/ ¬¬

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Cartas de amor para ninguém (2)

Aquele riso, aquela cor
Nossa alma, nossa dor.
os meus prantos, as tuas risadas
O meu sorriso errante e mais nada.
Os teus dias, as minhas verdades
Os meus enganos, as tuas maldades
Os nossos desejos, as nossas brigas
A minha dor, a tua ida.
Tudo que foi, que seria
Tudo que sonhamos um dia
Tudo aquilo que seria e não é mais
Despeçamo-nos para nunca mais.

08.08.06 - Íris

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Cartas de amor para ninguém (1)

Ela tem manias
Ele, agonias.
Ela tem certezas
Ele, beleza.
Ela tem vícios
Ele, ofícios.
Ela tem saudades
Ele, vaidade.
Ela tem coragem
Ele, covardia.
Ela tem sonhos
Ele, poesias.
Ela te amores
Ele, pudores.
Ela tem olhares
Ele, dissabores.
Ela se completa
Ele, falta pedaçoes.
Ela ama ele
Ele?



*Aquele seu amor continua guardado aqui no meu peito, viu?! Quando voltas pro meu lar? Avisa, amor, que eu vou pra porta te esperar.*

terça-feira, 10 de abril de 2007

Do ontem, hoje e amanhã

Ontem eu chorei, sabe. Chorei porque uma angústia me encheu o peito e nada mais pôde ser maior que ela. Ainda sim, me contive no choro. Não sei bem explicar o que é, mas é uma coisa que tem a ver com o lugar. Com o clima. Com as pessoas aqui e suas palavras gorssas. Com toda aquela mágoa antiga guardada com gosto de mofo. E toda aquela indiferença cultivada anos a fio. Eu queria conseguir olhar na cara dele e não sentir raiva. Mas eu sinto. É meio absurdo, mas me foge do controle. Ter que olhar todo santo dia pra ele e não sentir vontade de gritar o quanto ele me faz mal, o quanto eu o odeio cada dia mais. São feridas não cicatrizadas, frustrações, mágoas, medos e um monte de coisa junta que só piora. Não há conversas, há brigas. Não há olhares, há cabeças baixas. Não há afeto, há rispidez. E todo aquele conceito de família cai dia após dia. Eu não sinto mais saudades de casa. Até porque não me sinto bem nela. Eu não queria ter voltado pra cá, mas também não consigo sair. Não sei ao certo o que me prende, o que me acorrenta. Mas há algo maior que o ódio, que não me deixa sair. E é nessas horas que eu penso se vale a pena ou não tentar ficar mais um pouco. Mas e meu tempo? E minha vida? E minhas expectativas? Aqui eu não creço, não prospero, me maltrato, deixo que me maltratem.
Eu não me julgo tão ruim que mereça isso tudo, nem tão boa pra não precisar passar por tudo isso. Eu só acho que com 20 anos eu poderia estar bem mais feliz. Bem longe daqui.

domingo, 1 de abril de 2007

Desencanta

que o príncipe encantado deixou o cavalo e foi a pé pra casa da outra. Mandou apenas o cavalo com um bilhete na crina que dizia: "Queria Cinderela, não aguentei, fugi pra casa dela".
Agora senta e chora.




Miedo - Lenine

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
(...)
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
(...)
Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de dormir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Miedo... que da miedo del miedo que da