quinta-feira, 7 de junho de 2007

"Eu não sei na verdade quem eu sou"

Não adianta vir com definições prontas, rótulos ou paradigmas. Na verdade, tudo que é confusão e agitação molecular vive em mim. E isso as vezes é bom, por outras... enche o saco.
No dia em que pensei mais sobre isso, vieram lembranças com gosto de infância e fotografias amareladas. Muitas delas perdidas no espaço que deixo para as coisas que passaram, bem lá atrás no cérebro. Algumas mergulham na minha frente, como aquele pneu de caminhão que tinha no areal onde eu brincava de balanço. Ou como aquela viagem no fusca amarelo do meu pai. Tudo fica guardado esperando a hora que eu vou lembrar. Por vezes me esqueço do que não poderia de forma alguma, mas esqueço. Não é de propósito, é apenas falta de atenção ou perda de memória recente. É triste.
A pior hora do dia é quando me deito. Porque nunca consigo dormir de uma vez. Lembrando de coisas e fantasiando possíveis Milenas para viver por mim no dia seguinte. E sempre vem a pergunta: quem tá aqui?

Um comentário:

Daniel disse...

Quando eramos um pouco mais novos, sempre faziamos a pergunta "Ah quem taíh" mas era sempre para alguém um dia, sozinho em casa me lembrei disso e comecei a gritar quem tai! Quem Táí? Até que surgiu uma resposta.