quarta-feira, 27 de junho de 2007

Auto Conselho

Apesar de toda confusão consumidora. Apesar de todo o medo existente. Apesar de toda aquela coisa, eu tenho que ir lá e dizer: vai Milena, tu consegue!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cartas de amor para ninguém (5)

Atrela, minha tela
Fica presa em mim
Trela, minha meta
E se dana no mundo
Aperta minha pele
Me pela em pêlo
E se enrola que te pinto em óleo sobre tela,
Minha Bela.


Íris - 17.06.07

sexta-feira, 8 de junho de 2007

quinta-feira, 7 de junho de 2007

"Eu não sei na verdade quem eu sou"

Não adianta vir com definições prontas, rótulos ou paradigmas. Na verdade, tudo que é confusão e agitação molecular vive em mim. E isso as vezes é bom, por outras... enche o saco.
No dia em que pensei mais sobre isso, vieram lembranças com gosto de infância e fotografias amareladas. Muitas delas perdidas no espaço que deixo para as coisas que passaram, bem lá atrás no cérebro. Algumas mergulham na minha frente, como aquele pneu de caminhão que tinha no areal onde eu brincava de balanço. Ou como aquela viagem no fusca amarelo do meu pai. Tudo fica guardado esperando a hora que eu vou lembrar. Por vezes me esqueço do que não poderia de forma alguma, mas esqueço. Não é de propósito, é apenas falta de atenção ou perda de memória recente. É triste.
A pior hora do dia é quando me deito. Porque nunca consigo dormir de uma vez. Lembrando de coisas e fantasiando possíveis Milenas para viver por mim no dia seguinte. E sempre vem a pergunta: quem tá aqui?

domingo, 3 de junho de 2007

Cartas de amor para ninguém (4)

- Volta aqui Antônio Carlos!
- Volta aqui nada!
- Antônio Carlos, por favor! Estou falando sério!
- Ah Paula, vai se fuder.
- Antônioooooooooo, seu filho de uma puta!
- Tira a minha mãe do meio, sua vadia!

(Antônio corre pra janela e Paula vai em direção a porta)

- A Paula é uma puta, minha gente! (gritou ele pela janela)
- Antônio Carolos eu vou te cortar essa porra que você chama de pau.
- Esse que você adora?
- Essa coisa que não serve e você diz que ainda usa!

(Paula sai de casa e vai pra rua)

- Antônio, seu corno! Arrumei melhores que você.
- Paula, vai te fuder. (grita Antônio pela janela)

Dois dias depois...

- Você jura que vai me tratar bem de novo?
- Claro amor, eu te amo.

Em meia hora...

- Antônio Carlos, a porta.
- Paula, vai lá ver. (Paula vai atender)
- Paula? Paula?

*Paula foi surpreendida pelo vizinho que sempre a amou e fugiram para as ilhas Kayman. Antônio Carlos? Morreu de desgosto.*



Cadê minha surpresa? ¬¬'

sábado, 2 de junho de 2007

'Sobra tanta falta ™'

E sempre que se parte, o que fica é um pedaço. Um meio, metade, um tanto. Em todas as vezes, vem junto a saudade. E essa reparte tudo em mais outra metade. E dói. E machuca e cansa. Não por vontade, não por querer, mas ela invade. Sem pedir licença, sem que eu permita, ela me rouba a razão deixando um oco no lugar. E não adianta ficar aqui com redundâncias mil, ela não vai embora mesmo.
Ah, saudade ingrata, vá embora do meu peito.


*Sobra tanta falta - Carlos Trevisan™*

"Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salva
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salva..."


Tem alguém aí pra me salvar?