sábado, 23 de maio de 2009

Quem me responde?

Questões pertinentes aos outros, só aos outros:

- Por que existem pessoas que não sabem viver sozinhas?
- Por que existem pessoas que não aceitam um NÃO?
- Por que existem pessoas que não aplicam as teorias na vida?

Resposta um:

É sério, eu fico me perguntando como é que pode passar pela cabeça de alguém a idéia de não ser um ser único, singular e completo? Não entendo essa necessidade de ter que ter alguém pra se sentir bem, completo e feliz, isso pra mim é doentio. Mas aí vem Freud e me prova que isso é parte de um distúrbio, justifica um monte de comportamento como consequencia disso e sei lá mais o quê e que é normal, que isso existe e que faz parte. Mas na minha cabeça isso vai continuar sendo parte de uma fuga que não vai ter fim. A não ser que se cresça o suficiente pra entender e aceitar a vida singular e plena.
Eu sempre digo que preciso arrumar um namorado, mas sei lá se eu quero isso mesmo. Não estou desmerecendo a companhia de qualquer pessoa que venha ocupar esse posto num futuro sabe deus se próximo, mas o fato é que depois de 3 anos sem namorado de verdade eu me vejo muito mais feliz e plena comigo mesma. Claro, eu sou mulher, tenho TPM e tem dias em que eu queria morrer porque não tenho um namorado, mas acho que parte da minha segurança vem do fato de ter me construído e aceitado ser sozinha. É um processo lento, doloroso e que requer um insight ou uma tapa da vida, mas chega. Jô Soares disse numa entrevista que ser sozinho não está ligado ao fato de ser solitário e eu concordo plenamente. Já me senti solitária e abandonada numa mesa de bar cheia de amigos, ao mesmo tempo em que me sinto plena e realizada sozinha em casa vendo um filme ou lendo um livro. Eu, de fato, acho doentia a idéia de não se aceitar e não se construir enquanto sujeito único e singular na vida. Assim como acho uma palhaçada o fato das pessoas não aceitarem isso ou não quererem crescer, mas quem sou eu pra achar alguma coisa?
Fato.

3 comentários:

Anônimo disse...

ser unico e multiplo ao mesmo tempo mas realmente as pessoas preferem acreditar que são apenas metade de um único, não pensam sequer em parte de um todo mas metade de um unico.
concordo com -Eu, de fato, acho doentia a idéia de não se aceitar e não se construir enquanto sujeito único e singular na vida.- até a propria formação da multidão só é possivel a partir de um coletivo de singularidades .

rodrigo martins disse...

concordo com a idéia, não com as palavras. ou o inverso.

Anônimo disse...

oi. estava a ler diversos blogs e achei o seu .