terça-feira, 13 de junho de 2006

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Alguma coisa dentro de mim faz sentir-me uma completa idiota. E não é porque ninguém me disse ou fez algo, não sei. É de mim mesma, coisa sem explicação. Talvez mais uma das dúvidas existenciais que moram dentro de mim e acham de me fazer uma visita nas horas mais indesejadas do dia.
Se fosse pra escolher uma hora pra ser feliz no dia eu escolheria de manhã ao acordar. Trago comigo o gosto do sono perturbado, a saudade dos sonhos que tive e já me esqueci e o mau humor clássico matinal que me persegue. Eu poderia até ter depressão noturna (não teria como pular da janela) e me contentaria em ouvir músicas no discman e chorar baixinho no quarto pra não acordar ninguém. Mas não. Pelo contrário. Eu acordo assim e consigo contaminar todo o meu dia com essa tristeza e melancolia chata e sem fim.
Sou salva pelos dias em que me distraio ou visito alguém. Os problemas alheios parecem me confortar, sabe? Na maioria das vezes é essa a intenção. Em Terapia de Grupo, por exemplo, as pessoas vão pra lá se lamentar e encontrar conforto na desgraça alheia. E isso realmente tem algium sentido e traz algum benefício, só não descobri como, ainda.
E o livro está chegando ao fim. Depois de uma longa e quase infinita pausa eu retomei-o e agora não tenho mais vontadede parar de ler. E talvez seja por isso essa minha "despejada" hoje, não sei. Mas acho que fiz a assiciação errada, John Coltrane + A cura de Schopenhauer não é lá das melhores combinações.

*

China - Um só

Vou deixando tudo de lado
Não importa futuro ou passado
Vou pisando na incerteza
Na incerteza dos meus passos.

Confuso sentimento
De entendimento impreciso
Não vou me demorar
Nos dias que já passei.

Vou deixando tudo de lado
Não importa futuro ou passado
Pisando na incerteza
Mas confio nos meus passos.

Eu sou mais um
Eu sou um só.

*

Eu quero ser uma só.

Um comentário:

Anônimo disse...

lindas palavras! :)
já cheguei do rio.. to querendo saco pra poder escrever todos os 5 dias q passei por lá.
=*