domingo, 30 de abril de 2006

Parte1

"Se fosse por medo ela não teria continuado a andar e voltaria pra casa, mas não, ela quis correr riscos. Andou por toda cidade e sem perceber já estava perdida. Quis perguntar ao senhor bonito que estava parado na porta do bar mas hesitou. Preferiu a solidão e a intuição que possuía (embora não valesse muito). Decidiu descansar naquele banco sujo e resolver depois do sono o que fazer. Deitada olhando o céu e sem conseguir dormir, mirabolava planos brilhantes para a próxima manhã que seria de andada. Desejou um banho gelado, roupas limpas e quem dera, uma cama. Sonhos. Ao amanhecer optou por levantar mais tarde e dormir até as oito, já que, de tanto sonhar acordada, havia dormido pouco. O movimento da rua começara a retomar a rotina e as pessoas passavam por ela de maneira estranha. Quis ela poder parecer invisível mas era impossível. Um ser tão horrendo como aquele dormindo no banco da praça era, no mínimo, estranho..."


Dia cheio. Cabeça cheia. Ainda.

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